2023-06-11

As mentiras verdadeiras no jornalismo: questões de distopias nas reconstruções e ressignificações de realidades nas informações e narrativas.

O Jornalismo contemporâneo sempre quis ser reconhecido como a expressão da verdade e das narrativas mais próximas das realidades. Muitas vezes, colocando-se como imparcial, neutro e objetivo, ou seja, o reflexo do Positivismo comtiano. No entanto, a contemporaneidade tem defrontado este pensamento utópico do Jornalismo. A partir de uma perspectiva mais distópica e menos utópica, questiona-se o caráter mercadológico do Jornalismo e a observação sobre quem ele fala e de qual lugar ele fala e quais grupos ele defende. Dentro deste debate, surge nos últimos anos os fenômenos das fake news, em que o Jornalismo tenta se colocar, de forma utópica e quase cínica, como protetor das notícias falsas e o protetor mais confiável das expressões das realidades.

Esta pesquisa procura demonstrar, a partir do Newsmaking, que não só notícias distorcidas podem ser produzidas por não-jornalistas, como também podem ser produzidas por jornalistas e veículos sob a capa de informações verdadeiras. Esta pesquisa tem como parâmetro a distopia dos fenômenos midiáticos.

Palavras-chave: Jornalismo; Critérios de noticiabilidade; Newsmaking; Fake news; Distopia.


Nota biográfica de Ricardo Alexino Ferreira

Ricardo Alexino Ferreira é jornalista, doutor em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes, da Universidade de São Paulo, Brasil, onde é professor associado (livre-docente). É professor permanente no Programa de Pós-graduação Interdisciplinar Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades (USP). É coordenador do Núcleo de Estudos das Diversidades, Intolerâncias e Conflitos (Diversitas-USP).

Contacto institucional:
alexino@usp.br

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